quinta-feira, 21 de março de 2019

Desliga tu, não desliga tu, vá lá desliga tu.


O desliga tu, não desliga tu, vá la desliga tu maior da história. O Brexit.

Há dois anos que somos bombardeados todos os dias com uma nova história do Brexit. Um dia dá-se uma passo para a frente, e no dia a seguir dois para trás. Entretanto a União Europeia veio dizer que a 29 de Março ou Reino Unido sai, ou tem de ir a eleições europeias. Mas, para variar, Theresa May já veio pedir um adiantamento. 30 de Junho. E agora?

Tanta reviravolta, tanto vai não vai, a pergunta é: e agora? O que vai acontecer? O que vai acontecer é que se o Brexit avançar milhares de estudantes europeus vão ter de pagar altíssimas propinas para continuar a estudar no solo britânico, sem de que nada soubessem disso quando decidiram partir para a nova aventura. Milhares de estudantes britânicos perderam o direito a viver, estudar, trabalhar noutro pais da União Europeia, pelo menos sem a permissão do devido país.

Mas esta não é, nem nunca vai ser a única consequência: Como vai ser com a fronteira da Irlanda (pertencente à UE) e da provincia britânica Irlanda do Norte?
E há quem apoie isto! E porque não? Dizem-me eles. Queremos que volte tudo a como era antes... Como era antes? Antes da CEE? Durante a guerra? Não. Queremos que acabem os imigrantes ilegais. E todas as pessoas que aí vivem há anos e que têm nacionalidade de qualquer país integrante da União Europeia? Vão embora?

Ou desligam ou não desligam, já cansa.

terça-feira, 19 de março de 2019

Isto tem de acabar

Podia dizer um número, mas a questão não esta aí.
Março de 2019, e mais de dez mulheres já morreram. Morreram às mãos de quem jurou estar com elas "no bem e no mal", "na alegria e na tristeza". Morreram às mãos daqueles que mais amavam. O amor pelo outro falava mais alto que o amor próprio.
Isto tem de acabar. Chega. Se há um mês que vês a tua vizinha com nódoas negras e ouves gritos no andar de cima, fala. Não sejas cúmplice.
Estamos em 2019, e afinal que mulher é que se sente segura sozinha no Cais de Sodré às 5 da manhã?
Nenhuma. Ou é a saia demasiado curta, ou o decote acentuado. Não, a culpa não é nossa. Não compactuem com isto.

Precisamos de toda a gente nesta luta, não só mulheres, como também homens.
Isto tem de acabar.

segunda-feira, 18 de março de 2019

Afinal o que se passa na televisão portuguesa?

Queria ver televisão. Liguei a TVI estava a dar "Quem Quer Casar com o Meu Filho?".
Não sabia se ria ou chorava. Decidi ver um bocadinho: perceber o que eram então estes dois programas tão falados e tão polémicos.
Trata-se de uma série de rapazes/ho

mens que com a ajuda da mãe procuram o amor da sua vida. Primeiro erro: se precisam da vossa mãe e de um programa de televisão para se apaixonarem o problema está em vocês.
Continuei a ver, um deles quando confrontado com o facto de ter de expulsar uma rapariga disse "concorrente 4". Segundo erro: é uma mulher e tem um nome, não é um número.
Quando achei que já era mau demais para ser verdade fui confrontada com os critérios utilizados pelas mães para a decisão se seria uma boa rapariga ou não para o seu filho - "Sabe cozinhar?" "Sabe fazer as lides domésticas?" "Fuma ou bebe?". Terceiro erro: se querem uma empregada doméstica estão no sítio errado, vão ao Pingo Doce ou assim costumam ter uns números afixados.
Um programa em canal aberto, que claramente desvaloriza a mulher. Como é que é possível que alguém se sujeite a isto? Fama só pode.
Vale tudo pela fama. Alguém lhes conte que amanhã já ninguém sabe o nome deles. 



O mistério da maldade

Valentina, desculpa. Em nome de todos aqueles que pela tua vida passaram e nada conseguiram fazer para este desfecho trágico. Desculpa, ...